terça-feira, 8 de novembro de 2011

Parece que não, mas é bem difícil falar sobre mim.

Muitos dizem que sou super expansiva e comunicativa, que gosto de rir e de fazer os outros rirem com as coisas que digo e de tentar deixar quem está triste feliz! Não sei, só sei que tenho a mania de aproximar-me das pessoas e perguntar-lhes suas razões. Sempre gostei de saber das razões das pessoas. Conta minha mãe que eu tinha esse costume quando pequena. Virava a cabeça e perguntava para crianças chorosas, por vezes até maiores do que eu, um "afoi?" ("o que foi" em criancês) e ficava ali até saber o que foi (ou até a outra criança sair de perto). Engraçado que essa pequena ação infantil anunciava minha vocação profissional: formei-me em psicologia no ano de 2009!


Formei em dezembro, viajei em janeiro. Férias? Ná, longe disso. Fui participar do Projeto Rondon no estado do Tocantins. Foram 17 dias em Divinópolis, cidadezinha pequena e acolhedora, que me conquistou já no primeiro dia com uma recepção calorosa, faixas estratégicamente posicionadas e com dizeres que nos emocionou a todos. Falei em cima de um tablado para toda uma comunidade e chorei quando, em cima desse mesmo tablado, a comunidade nos homenageou. link


Voltei no dia do meu aniversário, dia 8 de fevereiro de 2010, mas já não era mais a mesma pessoa. O ócio repentino me agrediu, senti saudade do calor, mas não aquele dos 45° celsius de temperatura, e sim o de 700° celsius do abraço do Érick, um menino de 9 anos que veio me dar tchau. A vontade de fazer mais coisas me pegou de jeito e levou para voluntariar junto a um grupo de estudantes em uma escola de ensino a pessoas especiais e, qual foi minha surpresa, duas semanas depois estava empregada ali. link


Não entendo muito bem como foi a que a transição aconteceu, mas muitas das minhas verdades caíram por terra e virei alguém muito diferente. Sempre tive vontade de fazer muitas coisas, mas sempre deixava a vontade no campo das idéias, mas em maio de 2010 pus em ação a maior vontade que tinha: fui buscar um intercâmbio. Candidatei-me à AIESEC e, dois meses depois, no dia 14 de julho, aniversário do meu pai, seguia viagem rumo à Santa Cruz de la Sierra, Bolívia! link


Cinco meses longe de casa.
Três semanas mochilando. link
Uma terceira Mathisa tornou ao Brasil. Uma junção de todas as outras, muito mais crítica e inquieta! Uma Mathisa que voltou querendo partir de novo, mas que acabou por encontrar uma razão para ficar: o emprego de seus sonhos! link


Hoje eu falo dela na terceira pessoa, pois descobri que a Mathisa que vive é o impulso corajoso da Mathisa que vos fala, essa força é que me faz sair da cama com vontade e é a junção de todos os aprendizados e afetos coletados pelo caminho que já percorri. Ela, essa coragem, força, entidade meio esquizofrênicamente poética, dá lugar aos sonhos no dia a dia, para que eu, aquela que digita, dirige, preenche papelada e cuida das burocracias nunca se esqueça de tudo que pode ser a cada segundo!

Um comentário:

  1. Mathisa, achei interessante suas andanças. Estamos juntos no caminho do guerreiro para mudar um pouquinho do mundo mais uma vez. Estou na torcida por vc.

    http://fcalvettegsa2012.wordpress.com

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